‘Falava que ia me matar’, diz mulher que afirma ter sido vítima de transfobia em Franca, SP

    0
    75
    ‘falava-que-ia-me-matar’,-diz-mulher-que-afirma-ter-sido-vitima-de-transfobia-em-franca,-sp


    Discussão entre jovem de 22 anos e suspeito começou em casa noturna e se estendeu para calçada no Parque Universitário. Mulher sofreu fraturas no crânio e está internada. Mulher trans diz ter sido agredida por preconceito em casa noturna de Franca, SP
    A mulher de 22 anos que afirma ter sido vítima de transfobia em frente a uma casa noturna no Parque Universitário, em Franca (SP), relatou os momentos de tensão que vivenciou no sábado (18).
    De acordo com a vítima, o suspeito teria se incomodado ao vê-la dançar durante uma festa no estabelecimento e começou a xingá-la. Logo depois, quando ambos foram colocados para fora do local, ocorreram as agressões físicas, afirma a mulher.
    “Eu fui agredida por ser uma mulher trans. Estava em uma festa com amigos e amigas, dançando, e, quando estava dançando, o moço se incomodou e começou a me xingar. Me xingava de ‘viado’, de vários nomes. Falava que ia me matar”, diz.
    Segundo a jovem, em nenhum momento ela ou os amigos incomodaram o agressor. A vítima ficou com os dentes quebrados e sofreu fraturas no crânio.
    Desde então, está internada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade. Até o momento, o suspeito não foi identificado.
    Mulher transexual, de 22 anos, denuncia agressões por preconceito em Franca, SP
    Reprodução/EPTV
    Assistência
    O caso é acompanhado pelo diretor da ONG Arco-Íris de Franca, Eduardo Valentino. De acordo com ele, o coletivo tem enfrentado dificuldades para registrar o boletim de ocorrência. Valentino diz que a unidade de saúde deveria ter feito o registro e encaminhado o documento à Polícia Civil.
    “Quando acontece esse tipo de violência, que seja física ou verbal, muitas pessoas da comunidade LGBTQIA+, especificamente mulheres trans e travestis, encontram dificuldades para fazer o registro da ocorrência. Funcionários públicos que registram essa ocorrência não conseguem enquadrar como homofobia ou motivada para transfobia”, argumenta.
    Agressões
    Conforme informações apuradas pela EPTV, afiliada da TV Globo, o suspeito teria se incomodado ao ver a jovem dançando durante o evento e começou a xingá-la, na madrugada do último sábado. Instantes depois, os seguranças teriam colocado a mulher e o homem para fora do estabelecimento.
    Neste momento, a jovem alegou ter sido derrubada pelo homem e caído no chão. Ela foi agredida com socos e chutes, apontam informações de testemunhas.
    A mulher ficou com os dentes quebrados e sofreu fraturas no crânio. Após as agressões, a vítima foi encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento na cidade, onde ainda está internada.
    Mulher trans agredida em frente a casa noturna está internada em UPA de Franca, SP
    Jefferson Nascimento/EPTV
    O que dizem os envolvidos
    O empresário Leandro Alves de Carvalho, proprietário da casa noturna, lamentou o ocorrido e disse que o evento não era de sua responsabilidade, uma vez que teria alugado o espaço para terceiros.
    Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que a vítima deve registrar a ocorrência na delegacia ou pela internet. Já a Prefeitura de Franca alegou que não é de responsabilidade da UPA fazer o registro, e que só o faria se a vítima fosse menor de idade.
    Veja mais notícias do g1 Ribeirão Preto e Franca
    VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

    Mata

    Leave a Reply