Infectologista explica como evitar a leptospirose durante período de chuvas no ES

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    Doença é transmitida pela água contaminada com urina de rato. Especialista dá dicas de como identificar a doença, além das principais forma de prevenção. Infectologista alerta para risco de leptospirose com água suja da chuva no ES
    Um antigo inimigo aparece, ano após ano, durante as fortes enchentes que costumam atingir o Espírito Santo: a leptospirose. Transmitida pela água da chuva contaminada com urina de rato, a doença pode levar à morte, caso não seja tratada corretamente.
    O infectologista Crispim Cerutti Junior explicou que o quadro é causado pela bactéria leptospira, que penetra, na maioria das vezes, em uma pele com lesão (arranhão, ferida, entre outros).
    “Ela também pode penetrar pela pele íntegra, mas isso depende de uma exposição mais prolongada. De qualquer forma, havendo a penetração da bactéria, que é eliminada na água da chuva pela urina do rato – o reservatorio dela na natureza –, os sinais e sintomas vão se manifestar em uma média de 7 a 15 dias depois”, afirmou.
    Vários pontos de alagamento foram registrados no estado
    Reprodução TV Gazeta
    Sintomas
    Entre os principais sintomas da doença, estão febre, dor de cabeça, dor muscular, falta de apetite, náuseas e vomitos. Na fase aguda, também costumam aparecer icterícia, insuficiência renal, falta de ar, tosse seca e hemorragia.
    “A síndrome de Weil (nome da fase severa da doença) é caracterizada por uma situação em que a pessoa tá completamente amarela, sangrando por vários locais diferentes do corpo, com falência dos rins e com sangramento pulmonar que a incapacita de respirar. É um ponto em que o risco de morte é muito alto”, destacou o especialista.
    Crispim Cerutti lembrou ainda que esse período do ano traz outras doenças com sintomas muito semelhantes e deu dicas de como diferenciá-las da “Doença de Rato”.
    “Nessa alta de chuvas, a gente tem uma confluência de doenças. Estamos na sexta onda de covid, tem outros virus respiratorios circulatórios, uma onda de dengue… O grande alerta para as pessoas é a presença de febre. Se você tem febre ja há 3 dias e não apresenta indício de melhora, é bom procurar ajuda médica imediatamente”, orientou.
    Formas de prevenção
    Para evitar a contaminação pela doença, o especialista recomenda que as pessoas que tiveram contato com a água suja faça a higienização do corpo imediatamente.
    “A higienização é a primeira medida a ser tomada, em função de que você está resolvendo a quantidade de sujeira a qual foi exposto. Nisso, você está dimunindo a quantidade não só da leptospira como de outros agentes infecciosos presentes nesse material. Isso diminui a exposição, mas não garante que você não seja contaminado mais tarde”.
    “Uma coisa muito importante é que as pessoas avisem às equipes de saúde envolvidas na área em que elas residem que isso aconteceu. Ou seja, que elas foram expostas a uma grande quantidade de água em processo de alagamento, para que as equipes fiquem cientes e avaliem se há a necessidade de alguma medida antes da pessoa apresentar sintomas”, disse Crispim.
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    Vittorio Rienzo

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