Cinco pessoas foram condenadas por associação criminosa, falsidade ideológica e estelionato. Penas variam de três e nove anos de prisão. Polícia Civil de Barretos
Alexandre Sá/EPTV
A Justiça condenou os advogados acusados em 2018 de fraudar contratos de cartões de crédito consignado de idosos em Barretos (SP). Na época, duas pessoas foram presas durante a Operação Margem Presa.
De acordo com o Tribunal de Justiça, cinco pessoas foram condenadas por crimes como associação criminosa, falsidade ideológica e estelionato. As penas variam entre três e nove anos de prisão, além do pagamento de multa.
De acordo com os autos do processo, entre abril e setembro de 2018, os criminosos fraudaram contratos de cartões de crédito consignado de idosos e, posteriormente, os procuraram para oferecer ingresso de ações contra as instituições bancárias.
Segundo a Polícia Civil, após a celebração do contrato, um dos advogados ou até mesmo o funcionário da financeira procurava o idoso para informar que ele tinha o direito de ingressar com uma ação judicial para ser indenizado.
Um dos integrantes do esquema era um agente bancário que tinha acesso às informações das vítimas ou usava da profissão para induzir os idosos a fornecer dados pessoais e assinaturas para os contratos.
Parte dos contratos era celebrada sem o conhecimento das vítimas. Em outros casos, os idosos eram levados a assinar documentos em branco, sem saber do que se tratava, conforme identificou a investigação da Polícia Civil.
A investigação também concluiu que os suspeitos compravam listas contendo dados sigilosos de diversos clientes de bancos. Essas informações eram usadas em contratos de empréstimo e de cartão consignado, sem que os clientes soubessem.
O acúmulo de ações semelhantes levantou suspeitas.
Relembre o caso
No início de dezembro de 2018, um advogado e uma representante de instituição financeira foram presos e nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos agentes da Polícia Civil em Barretos e Olímpia (SP).
Dois escritórios de advocacia, um em cada cidade, estavam entre os alvos de busca, além de uma financeira que pertencia a um dos advogados investigados. Era lá que os contratos fraudulentos eram celebrados.
Na época, a Justiça também determinou a suspensão do registro profissional de outros quatro advogados. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Um deles, de 33 anos, seria o mentor do golpe, segundo a Polícia Civil.
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