Mais de 40 indígenas retornam à Terra Yanomami após receberem atendimento em Boa Vista

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Indígenas apresentavam quadros de desnutrição, verminose, malária, diarreia, pneumonia e outras doenças já estavam em situação estável. Eles foram transportados pelo helicóptero H-60L Black Hawk. Indígenas Yanomami sendo tranportados no helicóptero
Divulgação/FAB
Mais de 40 indígenas, entre crianças e adultos, afetados pela crise sanitária na Terra Yanomami retornaram para o território após receberem atendimento em Boa Vista. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (21) pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Os indígenas — que apresentavam quadros de desnutrição, verminose, malária, diarreia, pneumonia e outras doenças — foram levados na segunda-feira (20) pelo helicóptero H-60L Black Hawk. O Ministério da Saúde e a Força Aérea Brasileira (FAB) não divulgaram o número exato de indígenas que retornaram ao território durante a ação.
O helicóptero foi escolhido para o transporte por conta das características de voo por decolar e pousar em locais de difícil acesso, como o território Yanomami.
Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami enfrenta uma das piores crises sanitárias da história em três décadas de demarcação. Devido ao avanço do garimpo ilegal na região, crianças e adultos enfrentam casos severos de desnutrição e malária.
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Eles foram atendidos por profissionais do Hospital de Campanha da FAB e da Casa de Saúde Indígena (Casai) e já estavam estáveis. Eles foram levados para as comunidades de Wathoú, Aracaça, Xitei, Yaritobi, Minaú e Xereu.
De acordo com o Comando Operacional Conjunto Amazônia, até esta terça-feira (21), 1.461 foram atendidos pelo Hospital de Campanha e 7.168 cestas básicas foram entregues.
Estão em atuação na emergência Yanomami as aeronaves A-29, E-99, R-99, C-98 Caravan, KC-390 Millennium, C-105 Amazonas, H-60 Black Hawk e H-36 Caracal, da FAB; o HM-2 e HM-4 do EB; e o UH-15 Super Cougar da MB.
Indígenas retornaram ao território na segunda-feira (20)
FAB/Divulgação
Crise Yanomami
A Terra Indígena Yanomami tem mais de 10 milhões de hectares distribuídos entre os estados de Amazonas e Roraima, onde fica a sua maior parte. São cerca de 30 mil indígenas vivendo na região, incluindo os isolados, em 371 comunidades.
A presença do garimpo, principalmente nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro, provocou a disseminação de doenças, levando a um cenário de crise humanitária.
A região está em emergência de saúde desde 20 de janeiro e, inicialmente, por 90 dias, conforme decisão do governo Lula. Órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.
As ações de desintrusão — expulsão dos garimpeiros do território — são coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Com o início das ações de repressão contra a atividade ilegal, como o controle do espaço aéreo, garimpeiros tentam deixar a região.
Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

Vito Califano

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