Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira (9), 361 postos de trabalho foram fechados. Cenário é diferente do apresentado em janeiro de 2022, quando o saldo foi de 776 novas vagas. Empresas fecham 361 postos de trabalho em Ribeirão Preto, SP
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (9) mostram que Ribeirão Preto (SP) fechou o mês de janeiro com 361 postos de trabalho fechados. O cenário é diferente do apresentado em janeiro de 2022, quando o saldo foi de 776 novas vagas.
O setor de serviços, que engloba bares, restaurantes e hotéis, demitiu 328 empregados, na contramão de 2022 quando o saldo foi de 300 carteiras assinadas.
A indústria e a construção civil criaram vagas, mas bem menos do que em 2022. As quedas foram de 438 postos para 209 na indústria, e de 355 para 150 na construção.
Mas o setor que mais demitiu no início do ano foi o comércio, com 398 desligamentos. O empresário Bruno Lattaro, dono de uma loja de doces e artigos para festas, teve que desligar três funcionários porque houve queda nas vendas.
“Em janeiro e em fevereiro, o movimento das vendas caiu muito no comércio de modo geral. Um dos requisitos para ter redução de custo dentro de uma empresa é o funcionário, é onde partimos para a demissão”, explica.
As demissões, segundo Lattaro, são necessários para equilibrar as finanças.
“Se não demite, o caixa vai ficar no vermelho, porque tem custos que são fixos e não tem como a gente diminuir. Dá para dar uma economizada na questão de energia, água. Mas, por exemplo, aluguel, impostos, são custos fixos. Infelizmente, onde a gente tenta controlar é sobre o pessoal”, afirma.
O Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Ribeirão Preto recebe profissionais em busca de uma vaga todos os dias. São, em média, mil entrevistas por semana e quem quer uma vaga se candidata para o que tem disponível. Neste momento, são 60 oportunidades em diversas áreas.
PAT de Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
O auxiliar de produção Lucas de Oliveira busca uma nova vaga de emprego na área dele, mas está disposto a aceitar oportunidades diferentes para ter de volta a carteira assinada.
“Não tem como ficar sem emprego porque hoje em dia está difícil emprego e as coisas só aumentam. Para mim, não dá. O emprego me ajuda a ter uma casinha, um carro, posso fazer uma faculdade mais pra frente. Eu tenho fé, confiar em Deus acima de tudo. É ir atrás e batalhar.”
O auxiliar de produção Lucas de Oliveira busca recolocação no mercado de trabalho em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
O administrador Thiago Rodrigues trabalhou como auxiliar em uma empresa de entregas até janeiro. Ele afirma que o negócio passou por uma reestruturação e mais pessoas foram demitidas.
Thiago tem percorrido empresas em Ribeirão Preto em busca de uma nova oportunidade de trabalho e está ansioso para voltar à ativa.
“Eu gostaria de me recolocar no setor financeiro ou como auxiliar administrativo mesmo em algum departamento. O nervosismo é o mais difícil, selecionar qual vaga seria melhor. Mais ideal. O emprego vai me ajudar a desenvolver os meus projetos futuros, fazer um novo curso ou um MBA”, diz.
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