Defensoria Pública entrou com pedido de soltura para Hugo dos Santos Alonso, que cometeu o crime em 2019. Estudante Yasmin da Silva Nery, de 16 anos, foi encontrada morta e esquartejada em Araraquara
Arquivo Pessoal
Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negaram, na quarta-feira (29), pedido de habeas corpus para Hugo dos Santos Alonso, acusado de matar e esquartejar a jovem Yasmin da Silva Nery, que tinha 16 anos, em Araraquara (SP), em 2019.
O pedido foi feito pela Defensoria Pública do Estado por considerar ilegal internação compulsória de Alonso. A decisão foi publicada, nesta quinta-feira (30).
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Atualmente, com 21 anos, o acusado de matar Yasmin está internado compulsoriamente na Unidade Experimental de Saúde (UES), na capital paulista, após completar maioridade e deixar a Fundação Casa de Cerqueira César, onde cumpriu medida socioeducativa pelo crime.
Na argumentação da Defensoria Pública à Justiça, a internação é irregular porque não possui avaliação específica com psicodiagnóstico multidisciplinar que indique a necessidade de internação e interdição.
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ACidadeON/Araraquara
Afirmou ainda que a Unidade Experimental de Saúde onde ele está internado é local totalmente inadequado, isolado e praticamente sem atividades, o que prejudicaria seu desenvolvimento, tanto em termos sociais e educativos, quanto em termos de cuidado de saúde mental, pois é espaço de encarceramento e não de tratamento médico.
O Ministério Público contra-argumentou dizendo que houve registro de troca de agressões com outros internos durante a internação de Alonso e e foi apresentada avaliação psicológica, concluindo que ele assumia perfil comunicativo, articulador e manipulador, com comportamento hostil e instabilidade emocional e baixa tolerância á frustação.
O crime
Parte do corpo estava na casa do acusado no bairro Hortênsias em Araraquara
A Cidade ON/Araraquara
A estudante Yasmin, de 16 anos, foi morta e esquartejada em junho de 2019. A polícia encontrou partes de seu corpo em uma casa e uma lagoa do bairro Jardim Hortências e perto da moradia da Unesp, no bairro do Quitandinha.
A jovem tinha sido dada como desaparecida, após sair de casa um dia antes dizendo que ia ao Sesc com um amigo. Depois, a família soube que ela saiu com um rapaz que havia conhecido em um show.
O jovem de 17 anos foi identificado pela polícia e confessou ter esquartejado a adolescente. Ele disse à Polícia Civil que “desejava matar para ver como é”.
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