Postos em bases das rodovias nas regiões de Campinas e Piracicaba recolhem doações de água e alimentos não perecíveis para vítimas do temporal recorde que atingiu o litoral Norte de São Paulo. Vila Sahy, em São Sebastião
André Luis Rosa/TV Vanguarda
Postos em trechos das rodovias Anhanguera (SP-330) e Bandeirantes (SP-348) nas regiões de Campinas (SP) e Piracicaba (SP) estão recolhendo doações de água e alimentos não perecíveis às vítimas da tragédia do litoral Norte de São Paulo. A tempestade recorde matou pelo menos 46 pessoas.
De acordo com a CCR AutoBAn, que administra as rodovias, os postos estarão em bases operacionais da concessionária.
Na Via Anhanguera serão três pontos na região:
Km 14 Sul – São Paulo
Km 25 Norte – Perus
Km 53 Sul – Jundiaí
Km 102 Sul (marginal) – Campinas
Km 118 Norte – Nova Odessa
Km 152 Norte – Limeira
Na Bandeirantes são outras três bases:
Km 37 Norte – Caieiras
Km 58 Sul – Jundiaí
Km 87 Sul – Campinas
Km 114 Norte – Sumaré
Km 150 Sul – Limeira
Movimento intenso de veículos no sistema Anhanguera-Bandeirantes em Campinas, no interior de São Paulo, em 14 de abril de 2022
LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
TRAGÉDIA NO LITORAL DE SP
Maior temporal da história deixou 46 mortos (45 em São Sebastião e um em Ubatuba);
Saiba quem são as vítimas;
Foi decretado estado de calamidade em 6 cidades e luto oficial de 3 dias. Trechos da Rio-Santos podem não existir mais, disse governador de SP;
Equipes seguem as buscas em São Sebastião; ao menos 40 pessoas estão desaparecidas.
Estragos no litoral
Turista de Hortolândia registrou estragos em Boiçucanga após temporal recorde em SP
Uma turista de Hortolândia (SP) que foi passar o feriado de carnaval na praia de Boiçucanga, em São Sebastião (SP), registrou em vídeo estragos provocados pelo maior temporal da história do Brasil e que devastou o litoral Norte de São Paulo.
Hospedada na casa de amigos, ela contou ao g1 que esteve com o grupo “ilhado” até a liberação do trecho da Rio-Santos no sentido Caraguatatuba (SP), o que permitiu o retorno para casa nesta terça-feira (21).
Falando ao g1 por telefone, enquanto se aproximavam da base da serra, a analista de negócios Mariete Paula dos Santos Silva, de 33 anos, contou que o cenário pela rodovia “era de guerra”.
“Dá medo. Você vê algumas rochas e teme que podem cair”, conta.
“Fomos dar uma volta hoje e vimos que a estrada tinha sido liberada. Uma fila de carros. Nos arrumamos e resolvemos voltar”, destacou Mariete, que filmou um dos trechos da Rio-Santos que está operando em sistema “pare e siga”.
A analista detalhou que estava na casa na companhia de amigos de Campinas (SP) e Extrema (MG) – todos retornaram nesta terça, em comboio. O grupo chegou na praia na sexta-feira (17) à noite, e chegou a aproveitar o sábado (18) antes do temporal.
“No sábado ainda curtimos um pouco a praia, o mar estava bem agitado. A chuva começou por volta de umas 20h, só foi parar no outro dia de manhã. Fomos dormir, mas foi só uma horinha. Começou a subir muito rápido. A gente levantou e começou a erguer tudo o que dava para erguer, colocar crianças e cachorro pro alto”, lembra.
Rua da casa onde grupo de amigos de Hortolândia e Campinas (SP) estava na praia de Boiçucanga, litoral Norte de SP: coberta de lama
Mariete Paula dos Santos Silva
Segundo Mariete, diante do cenário, o estrago onde estavam “foi mínimo”. Conseguiram salvar os eletrodomésticos, mas móveis, como guarda-roupa e cama, acabaram molhando. Depois que a água baixou, ainda conseguiram lavar a casa antes que houvesse a interrupção do abastecimento na região.
“Sorte que a casa tinha caixa d’água, conseguimos ficar até hoje. Está até agora sem água. A dona da casa está bem abalada, não tanto pelos estragos da casa dela, mas pelo entorno, que está bem destruído”, comentou Mariete.
Onde foi a tragédia no Litoral Norte de SP
Gabriel Wesley/Arte g1
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