Veja rota de fuga de foragido da polícia do RS preso por tráfico internacional de drogas no RJ

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    Fernando Luiz Doval Júnior responde por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele foi preso em 2021 e solto em 2022, chegando a figurar na lista de procurados da Interpol. Veja rota de fuga de foragido por tráfico de drogas no RS
    Foragido a Polícia Civil do Rio Grande do Sul por suspeita de tráfico internacional de drogas, um homem percorreu ao menos 9 mil km entre Orlando, cidade dos Estados Unidos onde vivia escondido, até o Rio de Janeiro, onde foi preso no dia 16 de janeiro. Fernando Luiz Doval Júnior, de 39 anos, chegou a ser incluído na lista de difusão vermelha da Interpol e, segundo a polícia gaúcha, esteve em nove locais fugindo da prisão. Veja o vídeo acima.
    Orlando (EUA)
    Bahamas
    Haiti
    República Dominicana
    Guiana
    Venezuela
    Roraima
    Campinas
    Litoral de Santa Catarina
    Rio de Janeiro
    A defesa do investigado diz que só vai se manifestar após o fim do inquérito policial. O advogado de Fernando ainda afirma que estava nos EUA para resolver questões de uma empresa e que, ao ter a prisão preventiva decretada, voltou ao país, onde se apresentaria à Justiça.
    O suspeito está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
    Foragido por tráfico de drogas no RS é preso no RJ
    Ele é investigado por comandar um esquema de tráfico de drogas por aviões no estado. Além disso, o investigado seria traficante de armas de guerra, como metralhadoras capazes de derrubar aeronaves.
    O grupo chefiado pelo homem é investigado desde 2021. Na ocasião, foram presas seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha investigada por transportar drogas do Paraguai para o RS.
    Em abril de 2022, mais de 1,3 mil ordens judiciais foram cumpridas, com a prisão de 58 suspeitos de envolvimento com o esquema e a apreensão de mais de R$ 50 milhões em dinheiro e bens. A polícia encontrou, durante a operação, casas e carros de luxo, além de dinheiro escondido dentro de um urso de pelúcia. As imagens foram reveladas com exclusividade pela RBS TV no Fantástico.
    Mapa de locais por onde foragido passou antes de ser preso
    Reprodução/RBS TV
    Fuga e prisão
    Em dezembro de 2022, Fernando descobriu que estava na lista de procurados da Interpol, segundo a Polícia Civil do RS. Ele teria ido ao aeroporto de Orlando, mas desconfiou da movimentação de policiais.
    “Começou nesse momento a fuga. E aí ele viu que via aérea não seria possível, decidiu voltar pelo mar”, diz o delegado Gabriel Borges.
    Para fugir da Flórida, ele teria utilizado um iate que passou pela costa do Caribe até chegar nas Bahamas. Depois, passou pelo Haiti e República Dominicana, até chegar no litoral da Guiana.
    A embarcação foi interceptada pela guarda costeira local, mas Fernando escapou em um boto, diz a investigação. O homem aiinda passou pela Venezuela, até ingressar no Brasil com um grupo de imigrantes ilegais pela fronteira com Roraima.
    Do Norte do país, o suspeito seguiu para o interior de São Paulo e o litoral de Santa Catarina, antes de ir para o Rio de Janeiro, onde foi preso por agentes à paisana, policiais vestidos com camisetas de clubes de futebol cariocas.
    Homem foi preso em um restaurante no Rio de Janeiro
    Reprodução
    Vida no exterior
    Foi quase um ano vivendo como milionário nos Estados Unidos. Fernando Luiz Doval morava em uma mansão, dentro de um condomínio perto de Orlando, na Flórida. Em outro endereço, ele mantinha uma empresa de aluguel de carros.
    “Ele vivia como se fosse um empresário muito bem sucedido do ramo automobilistico. Então, ele mostrava sim, ele ostentatva, frequentava locais de alto padrão, locais inclusive que celebridades americanas frequentavam. Tudo isso, claro, financiado pelo trafico de drogas”, afirma o delegado.
    História de crimes
    Conforme a polícia, o esquema de lavagem de dinheiro também envolvia pedras preciosas. Fernando negociava a compra e venda de diamantes e esmeraldas na Europa e na Ásia.
    Piloto de carros e aeronaves, o suspeito começou há mais de uma década no mundo do crime, segundo a investigação. Praticando pequenos golpes, ele se uniu a traficantes de drogas e virou um importante elo no transporte de cocaína de outros países para o Brasil.
    “Ele praticamente inaugurou, reforçou e estabeleceu essa rota de tráfico aéreo. Em determinados momentos, ele inclusive tinha pilotos que trabalhavam pra ele”, diz o delegado.
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    Vittorio Ferla

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